A utilização da arte como elemento motivacional na empresa

Àqueles que ignoram o conceito prático do exercício artístico convém o esclarecimento da sua importância no contexto social e comunitário porque esses também são presentes no ambiente empresarial.
A Arte pode atuar como ferramenta repressora das angústias, frustrações e estresse causadores de tantos males e que comumente vimos se multiplicar nos interiores de tantas empresas, sejam públicas ou privadas.
É necessário que os gestores conheçam as necessidades dos  colaboradores da empresa. Só assim, agirão em prol de sua harmonia psíquica e saúde emocional, beneficiando a toda instituição.
Por intermédio da inserção artística como elemento motivacional, poder-se-á disseminar novas formas de motivar o funcionalismo e com resultados alcançáveis. O ser humano tem por natureza carências que lhe são intrínsecas e influenciam na sua maneira de agir.  São  algumas delas, a necessidade de realização, de conforto, de repouso, de lazer e de diversão. Essas necessidades, se bloqueadas, causam no indivíduo insatisfações que interferirão no seu funcionamento, na sua socialização e no seu organismo.

Porém, há certo grau de resistência das empresas em inserir elementos remediadores da falta de motivação. Isso porque muitas delas entendem que as atividades motivacionais não acrescentam na produtividade, na motivação dos funcionários e, ainda, que qualquer aplicação para esse fim é perdida.
As pequenas empresas são as que menos exercem fomento motivacional para seus funcionários. E, talvez, sejam as que mais necessitem de atitude nesse sentido, a se considerar a saúde motivacional como essencial para a expansão de qualquer instituição. Essa indiferença é característica de um arcaico sistema que entende o funcionário como máquina de produção de capital, e que não necessita de nenhuma atividade que lhe dê estímulo para exercer seu labor.
As grandes empresas, já que sua maioria investe em motivação para os funcionários, podem usufruir de novos conceitos motivacionais por meio do desenvolvimento de atividades artísticas.
Quando se equipara as necessidades do ser humano e todas as patologias psíquicas, sobretudo as motivacionais, que lhes causam os desequilíbrios, desajustes sociais e até adoecimento orgânico, percebe-se o quão pouco é o que o indivíduo necessita e quão grave o resultado dessa desatenção.
Na organização, a Arte contribui no trabalho do funcionário, fornecendo a ele aprimoramento da imaginação, da observação, do raciocínio lógico e do controle gestual. A saúde psíquica é aperfeiçoada, logo aumenta a capacidade de aprendizagem motivando o indivíduo.
Curar as patologias motivacionais, oriundas do estresse, da rotina de trabalho, da insatisfação, por meio da inserção da ferramenta artística, é uma opção oportuna para quem quer manter a harmonia no coletivo empresarial. As possibilidades do meio artístico são várias, podendo ser utilizadas segundo o critério de cada necessidade. O teatro como meio de socializar o grupo e causar interesse para treinamentos, a pintura como forma catártica da mente, a música para o equilíbrio e harmonia e a dança como benemérito fisiológico e psicológico. Essas atividades conseguem beneficiar corpo e mente, acrescentam na saúde e produção do funcionário e refletem nos ganhos da empresa.

Teatro Municipal, o que será de você? (2)

Opinião do Leitor | quarta-feira, 3 de setembro/2008 | Nenhum comentário | Enviar por email

Recebi muitos comentários sobre meu artigo do dia 24 de agosto, no qual dizia sobre a importância de se retomar a discussão acerca do entrave das obras do Teatro Municipal. Assim, percebi que essa questão importa a muita gente. Foi por isso que resolvi não estacionar, escrevendo algo mais sobre este assunto.

Uma das coisas que me atraiu nos comentários, foi a respeito da estrutura do teatro. Será que ela está adequada às nossas necessidades? Sem um referendo, fica difícil dizer.

Se bem me lembro da maquete, que foi divulgada no tempo do boom da tal obra, a arquitetura parecia bastante moderna. Elogios foram absolutos pelos que contemplaram a figura. Houve até comparação às melhores arquiteturas teatrais do Brasil. E o local escolhido para o edifício não poderia ter sido melhor. Empolgante. No entanto, mostrava um projeto que não revelava algo muito cogitado: um bom estacionamento.

Estacionamento, como todo rondonopolitano sabe, é um dos grandes problemas nas ruas do centro da cidade. Com o aumento do número de carros em Rondonópolis, está cada vez mais complicado encontrar vagas e a tendência é que no futuro essa dificuldade se supere. É por isso que medidas políticas visando o bom fluxo do trânsito são essenciais.

Um destes dias, na escola Renilda, assisti uma palestra de uma conceituada educadora de trânsito que revelou alguns agravos que o estresse causa na saúde dos condutores de veículos. Certamente faz parte do dia-a-dia dos cidadãos rondonopolitanos o estresse gerado pelo trânsito. E é justamente a frustrante procura por uma vaga um dos motivos.

Aí que nós começamos a entender a importância de não se ignorar as pérolas que surgem das conversas despretensiosas e das opiniões do povo; não aquelas que levam a nada, mas as tantas que inspiram possibilidades.

Do papo que assuntava as obras do teatro, pude considerar uma prudente observação de um empresário local que se tornou consenso: construído um estacionamento coberto em todo o térreo do teatro teríamos ao menos dois grandes benefícios. O primeiro é o fornecimento de mais vagas para carros e motos, reduzindo assim a aflição dos condutores nos horários comerciais; o segundo é possibilidade de gerar receita - por meio dos mesmos veículos que ali se estacionem - para a aplicação que tanto nos falta em eventos e necessidades culturais.

Apesar da falta de informação sobre o destino do Teatro Municipal, é possível notar o grande interesse, não só do artista, mas de toda a população que reconhece a cultura, no futuro desta obra. Não se pode desprezar isso. As pessoas ali passam, olham o terreno, e, talvez, não entendem o que ocorra politicamente por detrás daquilo. Mas é certa a existência de uma frota que quer participar deste processo. E não quer jamais que a obra estacione.

George Ribeiro é produtor cultural, presidente do Grupo de Expressão & Desenvolvimento Artístico. E-mail: george@georgeribeiro.com.br

Opinião do Leitor

Atenção, galerinha! Nesta semana haverá mais um texto meu sobre o Teatro Municipal. Peço a todos que façam a leitura, interem-se do assunto e, se possível, comentem o texto. Se não acharem o jornal, vocês poderão lê-lo no site do A Tribuna www.atribunamt.com.br. Conto com vocês. Mandem mensagens e me adicionem a seus contatos. Existem muitos de vocês que não tenho como conversar e espero poder manter contato. Até.